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26 dezembro 2005

Declaração natalina do usuário

Destruí tudo. Quase morri com as drogas e o álcool.
Sofri uma miséria terrível, pobreza, cadeia, brigas e doenças. Fiz sofrer minha esposa filhos e aqueles que gostavam de mim. Hoje está difícil me encontrar. Estou insano, com instabilidade mental, paranóico e esquizofrênico. Com os medicamentos consigo me controlar, não ser insano, não perder o juízo o pouco que me resta. Para o próximo ano quero estar sem drogas e bebidas, consegui um emprego e ficar com minha família.
Quero continuar em tratamento. Este ano que se aproxima espero dar paz para minha família, ter uma vida melhor, não cometer tantos erros como no passado como aconteceu na minha vida.Obrigado por vocês existirem.

11 dezembro 2005

Definindo acolhimento no CAPS

A vida real dos serviços de saúde tem mostrado que conforme os modelos de atenção que são adotados, nem sempre a produção do cuidado em saúde está comprometida efetivamente com a cura e a promoção da saúde. As duras experiências vividas pelos usuários e trabalhadores de saúde mostram isso cotidianamente, em nosso país.
Pensar nos modelos dos processos de trabalho em saúde, em qualquer tipo de serviço, que consigam combinar a produção de atos cuidadores de maneira eficaz com conquistas dos resultados cura, promoção e proteção, é um nó crítico fundamental a ser trabalhado pelo conjunto dos gestores e trabalhadores dos estabelecimentos de saúde De uma maneira geral, todos processos atuais de produção da saúde, em particular as que buscam novas lógicas para as relações trabalhadoras (tecnologias) e usuários (necessidades de saúde), vivem algumas tensões básicas e próprias dos atos produtivos em saúde.
Parto da idéia de que qualquer modelo de atenção à saúde faz referência, não a programas específicos, mas ao modo de como se constroem a gestão de processos políticos, organizacionais e de trabalho que estejam comprometidos com a produção dos atos de cuidar: do individual, do coletivo, do social, dos meios, das coisas e dos lugares, na promessa de construir a saúde.
Quando pensamos em um sistema que é um conjunto de partes que se interagem visando um objetivo comum, podemos citar um exemplo o organismo humano; o corpo externo acolhe as células e órgãos internos, que por sua vez é acolhido no ambiente. Assim, quando pensamos em transformar nossos processos de trabalho e cuidados devemos tomar como ponto de partida o Acolhimento do usuário no serviço de saúde.
Podemos pensar em acolhimento de diversas formas partindo de pontos simples e fundamentais chegando na escuta que é fundamental para que uma pessoa possa sentir-se acolhida. Os pontos simples que qualquer serviço de saúde possa implementar diz respeito a:
  • Implantar salas acolhedoras
  • Criação de jornais informativos
  • Implantação de oficinas com atividades corporais o qual participam funcionários e população
  • Criação de bibliotecas
  • Iniciativas locais por meio de oficinas dirigidas aos funcionários - cuidando de quem cuida
  • Retirada de vidros de recepções e balcões
  • Uso de crachás de identificação para funcionários
  • Sinalização para melhor orientação dos usuários
  • Caixa de sugestões


08 dezembro 2005

Trêm EM-Bras


Aventura voltando de Ermelino Matarazzo de trêm

02 dezembro 2005

Grupo terapêutico

A ajuda ao dependente de álcool e outras drogas pode ser oferecida numa variedade infinita de ambientes que vai desde do local do consumo ao ambiente de tratamento. Dentro desta visão ampla no qual o tratamento pode ser oferecido à terapia de grupo tem sido amplamente utilizada no dia-a-dia da vida dos profissionais.
Ciampone (1998) ao estudar sobre os grupos afirma que parece haver um consenso entre os autores e diversas correntes de pensamentos de que a definição de grupo é vaga e imprecisa no senso comum. Muitos estudos têm sido desenvolvidos para estudar os grupos, pois é uma técnica terapêutica a muito utilizada pelos profissionais, e principalmente no tratamento para dependentes de álcool e outras drogas. NEGRETE e Ramos afirmam ser está a técnica mais amplamente empregada no tratamento dos dependentes de álcool.
Ao estudarmos a assistência oferecida aos dependentes de álcool e outras drogas apontamos que estes têm suas representações sobre o seu consumo, atribuindo significados ao grupo dentro do contexto no qual está inserido. Assim, o primeiro passo ao realizarmos um grupo é conhecer suas representações sobre o consumo da droga. Além deste conhecimento, é necessária a compreensão da “dinâmica inconsciente das relações intra e intergrupais existentes no contexto das instituições” Ciampone (1998).

São inúmeras as aplicações grupais, segundo CIAMPONE (1998) vão desde de grupo de auto-ajuda, ensino-aprendizagem, terapêutico, institucionais e comunitários. Estes são classificados de acordo com a técnica empregada pelo coordenador, com a finalidade proposta ou com o vinculo estabelecido entre o coordenador e os componentes do grupo.
No campo da dependência existem diversas atividades grupais comum numa estrutura terapêutica, esses grupos tendem a ser fechados ou abertos. Os abertos os pacientes entram e saem do grupo, os fechados são grupos de aproximadamente 8-10 pessoas selecionados por sua homogeneidade ex. grupos de mulheres.
Os temas abordados nas sessões grupais dos dependentes de drogas são vários: grupo educativo aonde os pacientes aprende sobre a natureza da dependência, grupo de soluções de problemas aonde são abordados temas da realidade atual, ou focalizado nas questões interpessoais e dinâmicas, grupos de prevenção de recaídas onde os pacientes compartilham idéias em como manter a abstinência e evitar a recaídas, grupos de auto-ajuda exemplo o AA (embora o modelo de auto-ajuda exclua o ambiente de tratamento) são muito utilizado com os dependentes de álcool.
Baixa Adesão
A falta de adesão é um dos problemas encontrados ao tratar os pacientes dependentes de álcool e outras drogas; os tipos de abandono são categorizados em abandonos prévios antes da primeira consulta; abandono precoce, logo após a primeira consulta; abandono durante a fase inicial da terapia; e abandono tardio; na fase da manutenção do tratamento.

Manter os usuários vinculados ao tratamento é uma das grandes dificuldades dos que estão envolvidos nos serviços, devido ao baixo grau de aderência. Sawicki et al já apontava o aprimoramento do tratamento como ponto fundamental ao prestarmos assistência a esses pacientes.
Este e outros motivos nos levam a apontar a necessidade de ajustamento nos programas terapêuticos. Uma das alternativas para o problema da adesão é trabalhar a motivação dos com grupos motivacionais.
Grupos motivacionais
Os grupos motivacionais utilizam a técnica da Entrevista Motivacional. É uma técnica que engloba várias abordagens, tais como psicoterapias breves, terapia centrada no cliente, terapia cognitiva entre outras; o objetivo principal é ajudar o paciente a resolver sua ambivalência em relação ao seu consumo de álcool e outras drogas e ajudar na permanência no tratamento. O grupo destina-se aos pacientes ambivalentes quanto à mudança de comportamentos, sobre o seu consumo de drogas, buscando suas razões para mudanças ao invés de impor ou persuadi-los a mudar.
A abordagem em grupo motivacional é muito utilizada nos tratamentos, onde uma seqüência de mudanças comportamentais é apontada aos pacientes, onde a motivação para mudança e encarada de uma forma dinâmica, não estática e influenciável por fatores externos.
PILLON (2003) propõe nas atividades grupais aos alcoolistas, principalmente os coordenados por enfermeiras, ou sob a coordenação de outros profissionais onde a enfermeira participa como colaboradora; alguns temas os quais devem girar em torno da motivação, discussão dos problemas de saúde relacionados às conseqüências do consumo do álcool, função dos medicamentos e interações com outros.
Outro grupo referido ainda pela autora aos alcoolistas são grupos com aqueles que já apresenta algum tipo de doenças físicas decorrentes do consumo de álcool. Segundo a mesma os temas são variados é não necessariamente precisa ser o restringido ao álcool.
Lembramos que montar os grupos onde seus integrantes estejam reunidos em torno de um objeto comum já foi apontado por outros pesquisadores como ponto básico na elaboração dos grupos; o que não diferencia com os grupos específicos para álcool e tabaco. Relembrando que os temas abordados nos grupos serão diferentes. Para finalizarmos a abordagem sobre os grupos lembramos a EMPATIA é fundamental para o progresso do grupo.

Referências

Ciampone MHT. Grupo Operativo: construindo as bases para o ensino e a prática na enfermagem [tese] São Paulo (SP) Escola de Enfermagem da USP. Livre-Docência. 1998.

Negrette JC. Problemas Médicos.In: Ramos SP. Organizador. Alcoolismo Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas; 1987.

Pillon SC. O uso do álcool e a educação formal dos enfermeiros [tese] São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. 2003.

Ramos SP. Bertolete JM. Alcoolismo hoje.Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

01 dezembro 2005

Copa da inclusão














A copa da inclusão diz respeito a jogos competitivos onde os usuários de serviços de saúde mental competem entre si. Os CAPSs adII participaram. Foi um momento especial para pensar sobre ganhar e perder, mesmo que em jogos competitivos.









Troféu ganho pelos usuários ao competirem futebol.

24 novembro 2005

Europa, aumenta l'uso di cocaina

BRUXELLES (Reuters) - L'uso di cocaina tra giovani adulti in Gran Bretagna e Spagna è comune quasi come negli Stati Uniti e il consumo della sostanza stupefacente è in crescita in tutta Europa, ha evidenziato uno studio pubblicato oggi.

Circa 9 milioni di persone nell'Unione europea, il 3% di tutti gli adulti, hanno provato la cocaina, mentre fino a 3 milioni e mezzo l'hanno usata probabilmente nell'ultimo anno e un milione e mezzo l'ha assunta nell'ultimo mese, ha scoperto lo studio.

"Storicamente, la cocaina era una droga abbastanza rara in Europa", ha detto Paul Griffiths, coordinatore scientifico del Centro europeo di monitoraggio droghe e dipendenza dalla droghe, che ha pubblicato il rapporto.

"Poi in Gran Bretagna, nei Paesi bassi e in Spagna è diventata sempre più disponibile nelle grandi città e ora è assai visibile nelle statistiche nazionali di questi paesi e la nostra preoccupazione è che potrebbe diffondersi ulteriormente in Europa", ha detto.

In Gran Bretagna e in Spagna oltre il 4 % delle persone tra i 15 e i 34 anni ha assunto cocaina negli ultimi 12 mesi, vicino ai livelli degli Usa, dove la cocaina ha rappresentato un problema per più a lungo che non in Europa, si legge nello studio.

In questi due paesi il numero dei giovani adulti che assume cocaina, spesso descritta come una droga alla moda e ricreativa, supera quello di coloro che fanno uso di ecstasy e anfetamine.

Nonostante il trend crescente in Gran Bretagna, sembra che nel Paese la crescita dell'uso di cocaina si sia stabilizzata a massimi livelli storici, mentre altri stati membri dell'Ue come la Francia mostrano segnali di star recuperando terreno, ha detto Griffiths.

L'impatto dell'aumento di uso di cocaina è evidenziato anche dalle statistiche sulla sanità.

Sebbene i decessi attribuiti al solo uso di cocaina siano rari, la droga ha giocato un ruolo nel 10% delle morti a causa di droga, quindi ci potrebbero essere diversi centinaia di decessi ogni anno legati alla cocaina nel blocco di 25 nazioni, mostra lo studio.

12 novembro 2005

Seminário Benederto Saraceno

- Desafios dos Novos Serviços de Saúde Mental no Território-
Benedetto Saraceno, Director Department of Mental Health and Substance Dependence World Health Organization – WHO.
Benedetto afirmou que em 1960 houve a primeira revolução psiquiátrica na Itália quando do rompimento do compreensive – compreendido naquele momento como toda necessidade do paciente ofertada no mesmo local: O Hospital. Com o rompimento do modelo hospitalocêntrico vai para fora do hospital o profissional e o paciente mantendo-se o compreensive. Porém quem manterá o compreensive?

Coloca que na cidade há o compreensive porém de forma fragmentada, para ter o acesso a pessoa deverá ser muito esperta..

Faz um questionamento sobre o poder de pactuação “poder contratual” dos pacientes, o qual e zero. Desta forma, ao trabalharmos na reabilitação, temos que trabalhar para aumentarmos o poder de pactuação dos pacientes.

Quanto maior o poder de pactuação destes mais reabilitados estarão, não devemos transferir ao local de tratamento todo compreensive mas que estes saibam aonde recorrer ao necessitarem.

Então ele questiona: Como construir uma proteção social sem fragmentação. O mesmo passa a responder que precisamos de recursos humanos, sociais, psicológicos entre outros, aonde neste lugar os pacientes possam serem cuidados, mesmo aqueles mais difíceis não fragmentado o físico do psíquico.

Aponta que no Brasil temos os CAPS que se propõe a ser compreensive, porém devemos cuidar para não reproduzirmos nestes espaços o Hospital.

O mesmo informa que para a WHO – Nos 15 últimos anos de compreensive; a Reforma Psiquiátrica Brasileira é a única que a WHO reconhece como um desenho ao mundo para a transformação psiquiátrica.

Questiona também – Qual função que o CAPS tem que desempenhar para ser compreensive. Assim, passa a responder que devemos ter claro quais são nossos recursos humanos, funcionamento, dinheiro disponível, a demanda a ser atendida. Determinado essas características, devemos colocar todo nosso compreensive disponível. Traz alguns pontos importantes quando ao funzionamento, o qual este não deve selecionar sua demanda, receber a pessoa a qualquer hora do dia, delimitar sua demanda na vulnerabilidade social porém cuidando para termos nos locais as pessoas os quais estamos aptos a tratar. Afirma a necessidade de haver uma ampliação do diagnóstico sendo o CAPS um local de escuta dos pacientes.

Deixo aqui somente uma parte do que foi falado no seminário.

10 novembro 2005

Palestra - Benedetto Saraceno

Algumas fotos do Seminário com o Prof. Dr. Benedetto Saraceno

Abertura do Seminario

Rosângela e o publico

Publico da palestra

Presente do CAPS ao Benedetto Saraceno
Benedetto Saraceno autografando
Sonia Barros e Benedetto Saraceno

04 novembro 2005

Novidades

Cantar libera as emoções. Que tal um maestro e um coral fora dos muros dos CAPS para incentivar a arte de cantar aos usuários.
Possível proposta de inclusão social e aumento dos locais para circular.

Criatividades

MACRAME
CORUJA
CORAL adII
Criatividades

18 outubro 2005

Visita domiciliária

Ao realizar uma visita domiciliária juntamente com a assistente social. Encontramos o casal intoxicado. A mulher afirma ter vontade de chorar, em seguida solicita para encostar a cabeça no colo da AS; e chorou muito. O dia estava chuvoso havia mais água dentro da casa que ao céu aberto, as paredes escurecidas pelas águas que escorriam. A casa em plena desordem. Não haviam almoçado, o almoço fora o destilado. O único rendimento familiar vem da filha que ganha um salário mínimo.Situação de extrema pobreza. Diante desse quadro questiono:
  1. Trabalhar com abstinência total?
  2. Eles suportariam a abstinência?
  3. É possível trabalharmos isolados?
  4. São eles os responsáveis por esta situação?
  5. Como intervir nesta situação?
Percebo como somos limitados ao realizar a intervenção efetiva; por isso venho afirmando a necessidade de articulação; porém que essa articulação seja traduzida no dia-a-dia dos indivíduos para que possam viver com dignidade.

14 outubro 2005

Intervenção farmacologica

A Secretária Municipal de Saúde - SMS garante acesso aos medicamentos para os usuários da unidade. Existe uma lista de medicamentos prioritários, que toda unidade de saúde deverá ter em estoque para garantir ao usuário. Essa lista deve ser norteadora das prescrições médicas nos serviços de saúde do SUS “Sistema Único de saúde”. Nos CAPS ad II também distribuímos alguns medicamentos; os mais utilizados dentro de uma enorme lista são os antidepressivos, estabilizadores de humor, antipsicóticos, indutores do sono entre outros; outros medicamentos poderão encontrados na Farmácia Popular.


12 outubro 2005

Lei 10216 - Refeições

A Lei 10.216 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais redirecionando o modelo assistencial. A proposta é fechar os hospitais psiquiátricos oferecendo aos usuários leitos em hospitais gerais e acompanhamentos comunitários.
Muitas Portarias se seguiram como a Portaria 224 que estabelece as diretrizes de funcionamento de acordo com Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo que o trabalho seja realizado em Rede Assistencial. A Rede Assistencial proposta deve contar com Unidades Básicas de Saúde, Centro de Atenção Psicossocial, Hospitais Gerais entre outros. Após a vigência dessa Lei muitas mudanças na prática assistencial ocorreram para aos que sofrem com transtornos mentais e comportamentais incluindo os dependentes de álcool e outras drogas.
A Portaria 336 estabelece os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS. Os CAPS são definidos em CAPS I, II e III todos com a mesma função sendo diferente somente na sua área de abrangência e horário de funcionamento. Os CAPS ad “álcool e outras drogas” são todos II, ou seja, CAPS adII. Essa Portaria afirma que os atendimentos podem ser realizados em grupos, oficinas terapêuticas, realizar visitas domiciliares, atendimento a familiares, realizar atividade comunitária com o objetivo de reinserção social e refeição diária. Quanto à refeição diária nos afirma o seguinte:

“Os pacientes assistidos em turno (4horas) receberão uma refeição diária: os assistidos em dois turnos (8horas) receberão duas refeições”

Na pratica tem-se algumas dificuldades em estabelecer quais são os usuários que receberão as refeições, por alguns motivos; quais são eles:

Existe uma dificuldade em estabelecer os critérios quais são os usuários intensivos;

Geralmente os usuários intensivos são aqueles que ainda não tem condições de freqüentar os grupos;

Usuários que freqüentam por problemas de saúde mas não estão nos grupos não tem esse direito...

Essa questão é interessante, pois o trabalho nos CAPS não pode ser realizado isolado, devemos nos articular, os usuários devem circular nas unidades como uma extensão de seu tratamento. Se o albergue oferece almoço, os usuários freqüentes nos grupos deveriam ter garantido seus almoços ao retornarem não enfrentando filas, e caso perdessem a hora encontrar suas refeições. Obvio desde que esse esteja realizando seu tratamento.

Na prática essa é uma questão difícil, não podemos esquecer e ignorar a individualidade da pessoa.

Segundo SAMPAIO JJC e SANTOS AWG a articulação dos saberes colocando a serviço a solução dos problemas e articulação promove a saúde mental dos profissionais da assistência, reduzindo a divisão rígida de trabalho e as distancias entre quem sabe e quem faz, quem cuida e quem é cuidado.
Por essas e outras questões concordo que os CAPS sempre irão se reinventarem.

08 outubro 2005

Fluxo do CAPS adII

Os usuários são recebidos no que chamamos de Plantão. O plantão é realizado por todos os membros da equipe com exceção dos níveis técnicos.
No plantão retiramos a história do usuário que deverá conter:
  • História pregressa – da vida pessoal e a história do consumo do álcool. Quando iniciou, doses ingeridas, data do último consumo; entre outros dados relevantes.
  • Historia familiar – de ambos os pais, dos irmãos e do ambiente na infância. O propósito é obter um entendimento dos primeiros relacionamentos e experiências cruciais que contribuíram para vulnerabilidade do indivíduo.
  • História pessoal – nascimento, ajustamento na infância, escolaridade, ocupação atual, ajustamento sexual, casamento, filhos, finanças e habitação, lazer, historia forense
  • Doenças previas – físicas e mentais e acidentes
  • Historia da ingestão – personalidade, evolução da ingestão, evolução dos problemas relacionados à bebida, evolução da dependência, Evolução das pressões e circunstancias.

Após essa avalição os usuários são encaminhados para os demais atendimentos. A psiquiatria não faz parte do fluxo são encaminhados somente os usuários com alterações psiquiátricas.
São diversos os grupoos realizados; entre eles o grupo de Motivação; Direitos Humanos; Psicoterápico. Somente quando já um tempo no tratamento vão ao Prevenção de Recaída. Essa ordem pode ser alterada de acordo com a situação da chegada do usuário.
O grupo Educação e Saúde geralmente são os usuários que possuem comorbidades.; ou seja possuem transtornos mentais associado ao uso da droga.
Os usuários são enviados para as oficinas de acordo com suas preferências, portanto algumas oficinas, não podemos encaminhá-los direto.

07 outubro 2005

Desenho infantil - Não as drogas

Campeões

O tema sobre o consumo de Álcool e Outras Drogas-AOD está sendo abordado nas escolas com as crianças, a fim de garantir informações e deixa-las livres do consumo. Na prática tenho visto que ainda estamos longe de eliminar os problemas que os familiares e crianças estão enfrentando, visto o número de crianças que estão experimentando as drogas, e que aparecem ao tratamento. Aqui a criança pintou, talvez mesmo sem saber do que precisa para não recorrer ao mundo das drogas. Como algumas crianças dizem - as drogas os levam ao mundo imaginário. Sabemos que as crianças podem usar o lúdico para ir ao seu imaginário. Notamos pelo desenho.
A Copa da Inclusão foi criada com o intuito de promover a integração dos pacientes com a sociedade e a união de esforços das diversas instituições. Com a abertura desse espaço todos buscam proporcionar a interação dos pacientes com visitantes e profissionais, além integrar as instituições, possibilitando a troca de conhecimento entre elas.
A Copa da Inclusão é uma iniciativa que procura criar novos canais para a promoção de saúde mental, tal como um espaço de lazer e expressão aos pacientes. Pretende-se através dela, mostrar que é possível proporcionar espaços como esses, e assim provocar a realização de novas iniciativas. Além disso, consiste numa celebração dos avanços alcançados pelos profissionais dessa área.

28 setembro 2005

Rede de Atenção Psicossocial


Elaborado por Ana Pitta
Na verdade os parceiros nada mais são que a Rede de Atenção da Saúde Mental, citado por Ana Pitta. Para compôr essa rede de assistência necessitamos de ações intersetoriais. Requer o desenvolvimento de ações integradas e intersetoriais nos campos da educação, cultura, habitação, assistencia social, esportes, trabalho, lazer e a articulação de parcerias com universidades, ministério público, e as organizações não governamentais "ONGS", visando a melhoria da qualidade de vida, a inclusão social, e a construção da cidadania da população.

Na teória muitas coisas já estão dadas, falta profissionais esclarecidos para a realização desse trabalho. Se na prática encontrarmos indivíduos apenas com mêdos de perder seus cargos "ganhados" podemos regressar na história da psiquiatria e em suas conquistas. Percebo que muitas vezes existe o medo do controle social, por desconhecimentos. Ainda não temos na psiquiatria a avaliação dos serviços e seus coordenadores. Precisamos urgentemente implantarmos está prática.

23 setembro 2005

Fatores protetores do consumo de drogas

Nesta estante estão representadas as opções para os jovens a fim de evitar o consumo de álcool e outras drogas. Nas periférias há carência de espaços alternativos para as crianças não ficarem nas ruas, os parques são escassos, as quadras são pouquissimas, portanto são poucas as opções encontradas pelos jovens. Sabemos que as atividades estruturadas podem ser fatores protetores para as crianças e adolescentes. Precisamos de pessoas interessadas em participar no tratamento e prevenção do consumo de alcool e outras drogas nas periféria de São Paulo. Sozinhos somos incapazes de resolver tamanha problemática.

As dúvidas sobre o consumo de drogas

Algumas pessoas chegam assim ao procurar tratamento


Não apenas os adolescentes usuários de drogas possuem tais dúvidas como a grande parte da população. Muitos dos que faz uso prejudicial do álcool têm dificuldade em aceitar o problema. Alguns negam afirmando que não causam problemas a familia ou a sociedade. Um dos grandes desafios é concientizar a população de que o consumo exagerado do álcool poderá levar a dependência.

21 setembro 2005

Mães de adolescentes em busca de apoio

A falta de suporte familiar e social tem atingido algumas crianças e adolescentes. Parece que é de conhecimento da maioria que essa parcela da população deva receber orientações e prevenção; no entanto, não é o que tenho vista na prática. Algumas mães desesperadas por seus filhos experimentarem as drogas procuram ajuda. Essas relatam que suas queixas e ansiedades não são validadas por dois motivos: 1- a criança e adolescente só está experimentando 2 – o adolescente responde que não querem receber tratamento ou alguma abordagem sobre o consumo de drogas.

Diante da situação recorrem aos órgãos de proteção da criança e adolescentes que tem sua forma de abordagem. Quer queiramos ou não tais mães são ouvidas nestes locais; sendo nestes estabeleciementos que as crianças e adolescentes algumas vezes recebem orientações outras vezes permanecem algum tempo, sendo liberadas com orientações de medidas de proteção e encaminhadas aos órgãos de tratamentos. Os familiares com estas informações procuram as escolas que nem sempre tem vaga disponível para receber os garotos, estes devem se inscrever em uma lista de espera para se possível serem chamadas neste ano ou aguardarem para o próximo ano letivo.

Refletindo sobre essa problemática me pergunto – Uma criança ou adolescente responderia sim ao tratamento ou abordagem específica sobre o consumo de drogas, uma vez que gostaram da experiência. Esses mesmos adolescentes não teriam alguém que responde sim por ele? Como ajudar se alguns órgãos não escutam as queixas e fecham suas portas?

11 setembro 2005

Enfrentando desafios

Parabéns Elda,

por colocar esse blogger no ar, vejo como um local bastante oportuno para discutir e trocar experiencias sobre temas muito relevantes como os serviço que oferecem algum tipo de assistência aos usuários ou dependentes de álcool e outras drogas (CAPS-ad e outros).

Nos dias atuais, a dependência de drogas está sendo um grande desafio para muitos profissionais da saúde mental e outras áreas, pois, o que ocorre na prática, espera-se tanto um milagre ou soluções magicas e rápidas para mudanças e na verdade muitos aspectos básicos que fazem parte do processo de tratamento são totalmente esquecidos.

O preconceito e a falta de preparo específico na assistência a esses usuários fica muito aquém de uma assistência humanizada, o profissional de saúde também fica impossibilitando de identificar as necessidades no processo de mudança de comportamento e dessa maneira mudanças que poderiam ser oferecidas não são realizadas.

Fica então a pergunta, quanto temos refletido (tanto como pessoa e como profissional) sobre o nosso preconceito frente aos usuários de drogas? Você já pensou sobre isso?

Dissertação de Mestrado - Elda de Oliveira

The challenge to assist patients with disorders caused by harmful use and or alcohol and or drug addiction

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Área de Concentração Enfermagem Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, como exigência parcial, para obtenção do título de Mestre, sob orientação da Profa. Dra. Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira.

São Paulo
2005

The purpose of this study is to understand concepts and strategies that orient the assistance to professionals working in a Center of Psychosocial Attention to assist patients with disorders due to use and addiction of psychoactive substances, in the attempt to support actions of other health services which assist these patients. A qualitative research was our choice following the methodology of a case study. Nine professionals were interviewed and the interviews were based on questions aiming service and the assistance actions developed in the same institutions.Data were analyzed under the point of view of the social representation. Considering the emergent issue, two central representations of the research were elaborated: conception on the service of psychosocial attention. Assistance actions to patients with disorders due to the harmful use and/or addiction to alcohol and other drugs. The final analysis is oriented towards the comprehension that the harmful use of alcohol and other drugs are caused by varied factors, proposing a psychosocial assistance.

Keywords: Mental Health; Psychiatric Nursing; Assistance Actions; Alcohol and other drugs.



10 setembro 2005

Tese Doutorado - OLIVEIRA M S

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção de Título de Doutor em Ciências.

São Paulo
2000

The main objective of this study has been to evaluate the efficiency of Motivational Intervention with alcohol-dependent patients. The study has been designed as a prospective random clinical trial, aiming at comparing the Motivational Intervention to the Conventional Treatment. The sample was made up by 152 male subjects who were inpatients at special units for chemical addiction. The average age of the target sample was 40 years and 6 months old, the minimum school level was 5th grade, and the avarage salary was 5 minimum salaries. The patients were selected randomly, 76 belonging to the Control Group and 76 belonging to the Intervention Group. All patients joining the research were submitted to the initial evaluation, answering to a series of instruments, from the Structured Interview for the collection of personal data to the specific instruments: Form-90, SADD, DrInC, SOCRATES/URICA, BAI/BDI, Vocabulary, Symbols, Cubes, and Rey´s Complex Figures. The Control Group patients, after hospital release, were directed to group work or AA, and the Intervention Group patients were assisted in four structured and planned sections, according to the model by William Miller (1992). The follow-up evaluation was done three months after the hospital release and the data were treated according to the Treating Intention Analisys and the comparison within each group as well as between them. The results show that 66% of patients from the Intervention Group undertook a follow-up exam, while 51% participated from the Control Group, there were more frequent losses in the Control Group than in the Intervention Group. The whithdrawal was higher in the Intervention Group than in the Control Group and even when there was relapse the amount of drinks was lower for the Intervention Group patients than for the Control Group. Concerning the scales that measure the Motivation for Change, the differences between the groups were significant for the sub-scale ambivalence and in the maintenance that represents that the Intervention Group patients have reduced their motivational ambivalence towards the problematic behavior. For the remaining scales the differences have been significant between the two groups. The conclusions of this study point to the efficency of the Motivational Intervention for subjects who are severe alcohol dependents; the subjects who undergo the Motivational Intervention present higher levels of compliance what implies consistent patterns of bonds with the therapy and, the solving of ambivalence. This change is characterized as a fundamental aspect for the treatment once the relapses take place in a “controlled” fashion, it is easier for the recovery. Therefore, the therapeutic basis of Motivational Intervention happens through empathy, making it possible for the patient to experience the changing of his own change.

03 setembro 2005

Definindo CAPS "Centro de Atenção Psicossocial"

Os CAPS – Centro de Atenção Psicossocial foram criados dentro do Sistema Único de Saúde, instituído pela Constituição de 1988 e regulamentado pela Lei 8080/90 o qual tem a finalidade de promover a qualidade de vida para toda a população brasileira, garantir acesso de todos a uma assistência integral e eqüitativa de forma que funcione regionalizado, hierarquizado e articulado. É um serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. Este serviço deve ser centrado na comunidade e acionar diversos outros serviços, como a rede básica de saúde (programas e unidades de saúde, hospitais clínicos e especializados).
Deve também ser articulada a rede de serviços sociais não diretamente ligados à assistência à saúde (como instituições de defesa de direitos, serviços de ensino profissionalizante e outros) que promovam o exercício da cidadania, a reinserção social e a reintegração na rede de suporte social.
O cuidado aos usuários dos CAPS deve ser elaborado incluindo desde medicamentos a outros tais como: moradia, trabalho, lazer etc, porém esses projetos devem ser singulares, respeitando-se diferentes regiões. Mais detalhes dos CAPS
Ministério da Saúde

O trabalho em um CAPS adII precisa ser superado visto a dificuldade de muitos em trabalhar com a rede de serviços; precisamos nos articular para suprir a demanda da alimentação, moradia, lazer. Estamos construindo um novo saber precisamos discorrer a respeito...
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02 setembro 2005

Festa Junina do CAPS adII


A Regiane vestida de caipirinha...


Momento de lazer no CAPS adII.

31 agosto 2005

Heroin

Heroin is a dangerous and illegal drug with a high addictive potential, belongs to the opioid family of drugs. Most heroin is produced in Asia and Latin America where opium poppies are grown.
How is it used?
The most commom ways of using heroin are:
- injection - either into a vein (I.V.), into a muscle (intramuscular or I.M.) or under the skin ("skin-popping or subcutaneous use),
- snorting - inhaling the powder thorough the nostril ( also called sniffing),
- inhaling or smoking.
Injection maybe chosem because this method gives the greatest and most immediate effect for the least amount drug. People who are dependent on heroin may inject two to hour times a day. In brain heroin is converted back to morphine.
When heroin is injected into a vein, it produces a surge of euphoria. This effect is a felt in sevem to eight seconds, and lasts from 45 secondos to a few minutes. The initial effect with snorting or smokin is not as intense.
Following the rush comes a period of sedation an tranquility known as being "on the nod" whick may last up to an hour.
How long does the feeling last?
People who are dependent on heron must use every six to 12 hour to avoid symptoms are intense and include diarrhea, vomiting and persisting craving for the drug.
Also associated with withdrawal are goose bumps and involuntary leg movements leading to the expression " cold turkey". Other symptoms, such as insomnia, anxiety and craving may continue for some time.
The risk of overdose.
Heroin is dangerous in a number ways. Overdose is the most immediate danger of heroin use. Heroin depresses the part of the brain that controls breathing. In overdose, breathing slows down, and way stop completely. A heroin overdose can be treated at a hospital emergency room with another drugs.
More Information

Centro de Atenção Psicossocial

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool é um serviço de saúde ambulatorial que oferece atenção comunitária em diferentes níveis de intensidade, que pode ser diária, semanal ou mensal conforme a necessidade dos usuários com problemas relacionados ao uso/abuso de álcool e outras drogas. É regulamentado pelas portarias ministeriais nº 336/02 e nº 189/02, recebendo verba de incentivo das ações estratégicas do Ministério da Saúde.
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Heroina - caso atipico

A heroina faz parte dos opiáceos que podem ser de três tipos: Naturais, Semi-sintéticos e Sintéticos. As naturais são extraidas de uma flor chamada papoula (Papaver Somniferum). De onde escorre do seu botão um líquido leitoso (ópio = suco)quando nele são feitos finos cortes. Nele encontram-se várias substâncias: a morfina e a codeína.


A heroína é um opiáceo sintético realizado na forma de comprimidos ou ampolas, o qual poderá ser fumada ou injetada. Quando administradas induz ao sono (sedativa) e analgésica (reduz a dor). Podemos pensar... Mas para que usam essa droga... Bem os efeitos são diversos indo da euforia a tristeza e sonolência... formações de imagens...O que tende a diminuir com o uso frequente. São Varios os riscos a saúde desde dores a overdose.

O blog

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Pretendo com este blog trazer alguns questionamentos a respeito do consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Se você leitor quiser compartilhar comigo algumas informações e só enviar um email.
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