A ajuda ao dependente de álcool e outras drogas pode ser oferecida numa variedade infinita de ambientes que vai desde do local do consumo ao ambiente de tratamento. Dentro desta visão ampla no qual o tratamento pode ser oferecido à terapia de grupo tem sido amplamente utilizada no dia-a-dia da vida dos profissionais.
Ciampone (1998) ao estudar sobre os grupos afirma que parece haver um consenso entre os autores e diversas correntes de pensamentos de que a definição de grupo é vaga e imprecisa no senso comum. Muitos estudos têm sido desenvolvidos para estudar os grupos, pois é uma técnica terapêutica a muito utilizada pelos profissionais, e principalmente no tratamento para dependentes de álcool e outras drogas. NEGRETE e Ramos afirmam ser está a técnica mais amplamente empregada no tratamento dos dependentes de álcool.
Ao estudarmos a assistência oferecida aos dependentes de álcool e outras drogas apontamos que estes têm suas representações sobre o seu consumo, atribuindo significados ao grupo dentro do contexto no qual está inserido. Assim, o primeiro passo ao realizarmos um grupo é conhecer suas representações sobre o consumo da droga. Além deste conhecimento, é necessária a compreensão da “dinâmica inconsciente das relações intra e intergrupais existentes no contexto das instituições” Ciampone (1998).
São inúmeras as aplicações grupais, segundo CIAMPONE (1998) vão desde de grupo de auto-ajuda, ensino-aprendizagem, terapêutico, institucionais e comunitários. Estes são classificados de acordo com a técnica empregada pelo coordenador, com a finalidade proposta ou com o vinculo estabelecido entre o coordenador e os componentes do grupo.
São inúmeras as aplicações grupais, segundo CIAMPONE (1998) vão desde de grupo de auto-ajuda, ensino-aprendizagem, terapêutico, institucionais e comunitários. Estes são classificados de acordo com a técnica empregada pelo coordenador, com a finalidade proposta ou com o vinculo estabelecido entre o coordenador e os componentes do grupo.
No campo da dependência existem diversas atividades grupais comum numa estrutura terapêutica, esses grupos tendem a ser fechados ou abertos. Os abertos os pacientes entram e saem do grupo, os fechados são grupos de aproximadamente 8-10 pessoas selecionados por sua homogeneidade ex. grupos de mulheres.
Os temas abordados nas sessões grupais dos dependentes de drogas são vários: grupo educativo aonde os pacientes aprende sobre a natureza da dependência, grupo de soluções de problemas aonde são abordados temas da realidade atual, ou focalizado nas questões interpessoais e dinâmicas, grupos de prevenção de recaídas onde os pacientes compartilham idéias em como manter a abstinência e evitar a recaídas, grupos de auto-ajuda exemplo o AA (embora o modelo de auto-ajuda exclua o ambiente de tratamento) são muito utilizado com os dependentes de álcool.
Baixa Adesão
A falta de adesão é um dos problemas encontrados ao tratar os pacientes dependentes de álcool e outras drogas; os tipos de abandono são categorizados em abandonos prévios antes da primeira consulta; abandono precoce, logo após a primeira consulta; abandono durante a fase inicial da terapia; e abandono tardio; na fase da manutenção do tratamento.
Manter os usuários vinculados ao tratamento é uma das grandes dificuldades dos que estão envolvidos nos serviços, devido ao baixo grau de aderência. Sawicki et al já apontava o aprimoramento do tratamento como ponto fundamental ao prestarmos assistência a esses pacientes.
Este e outros motivos nos levam a apontar a necessidade de ajustamento nos programas terapêuticos. Uma das alternativas para o problema da adesão é trabalhar a motivação dos com grupos motivacionais.
Grupos motivacionais
Os grupos motivacionais utilizam a técnica da Entrevista Motivacional. É uma técnica que engloba várias abordagens, tais como psicoterapias breves, terapia centrada no cliente, terapia cognitiva entre outras; o objetivo principal é ajudar o paciente a resolver sua ambivalência em relação ao seu consumo de álcool e outras drogas e ajudar na permanência no tratamento. O grupo destina-se aos pacientes ambivalentes quanto à mudança de comportamentos, sobre o seu consumo de drogas, buscando suas razões para mudanças ao invés de impor ou persuadi-los a mudar.
A abordagem em grupo motivacional é muito utilizada nos tratamentos, onde uma seqüência de mudanças comportamentais é apontada aos pacientes, onde a motivação para mudança e encarada de uma forma dinâmica, não estática e influenciável por fatores externos.
PILLON (2003) propõe nas atividades grupais aos alcoolistas, principalmente os coordenados por enfermeiras, ou sob a coordenação de outros profissionais onde a enfermeira participa como colaboradora; alguns temas os quais devem girar em torno da motivação, discussão dos problemas de saúde relacionados às conseqüências do consumo do álcool, função dos medicamentos e interações com outros.
PILLON (2003) propõe nas atividades grupais aos alcoolistas, principalmente os coordenados por enfermeiras, ou sob a coordenação de outros profissionais onde a enfermeira participa como colaboradora; alguns temas os quais devem girar em torno da motivação, discussão dos problemas de saúde relacionados às conseqüências do consumo do álcool, função dos medicamentos e interações com outros.
Outro grupo referido ainda pela autora aos alcoolistas são grupos com aqueles que já apresenta algum tipo de doenças físicas decorrentes do consumo de álcool. Segundo a mesma os temas são variados é não necessariamente precisa ser o restringido ao álcool.
Lembramos que montar os grupos onde seus integrantes estejam reunidos em torno de um objeto comum já foi apontado por outros pesquisadores como ponto básico na elaboração dos grupos; o que não diferencia com os grupos específicos para álcool e tabaco. Relembrando que os temas abordados nos grupos serão diferentes. Para finalizarmos a abordagem sobre os grupos lembramos a EMPATIA é fundamental para o progresso do grupo.
Referências
Referências
Ciampone MHT. Grupo Operativo: construindo as bases para o ensino e a prática na enfermagem [tese] São Paulo (SP) Escola de Enfermagem da USP. Livre-Docência. 1998.
Negrette JC. Problemas Médicos.In: Ramos SP. Organizador. Alcoolismo Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas; 1987.
Pillon SC. O uso do álcool e a educação formal dos enfermeiros [tese] São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. 2003.
Ramos SP. Bertolete JM. Alcoolismo hoje.Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
Um comentário:
Oi, gostei muito do seu texto e gostaria de usá-lo como referencia, gostaria de saber seu sobrenome.
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