Cada um me contou suas razões. Ambos tinham razão. Não era que um via uma coisa e o outro, outra, ou via um lado das coisas e o outro, um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um as via com um critério identico ao outro. Mas cada um via uma coisa diferente e, cada um portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla existência da verdade."
(Fernando Pessoa, notas soltas, em Obra em Prosa,
Nova Aguilar, 1995, p.57)
Nova Aguilar, 1995, p.57)
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