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10 julho 2006

Tabagismo

Relatório do Surgeon General dos EUA destaca as conseqüências da exposição involutária ao tabaco - 6 Principais conclusões do Relatório do Surgeon General - Department of Health and Human Services dos EUA

Fumar é a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes. Nesse relatório As conseqüências para a saúde da exposição Involuntária à Fumaça do Tabaco o Surgeon General dos EUA concluiu que:

1. Milhões de norteamericanos, tanto crianças como adultos, ainda estão expostos à fumaça ambiental do tabaco em seus lares e locais de trabalho apesar do substancial progresso no controle do tabagismo.
Evidências que dão sustentação:
  • Os níveis de uma substância química denominada cotinina, um biomarcador da exposição à fumaça ambiental do tabaco, reduziram-se em 70% entre 1989-91 e 2001-02. Em inquéritos nacionais, 43% dos não fumantes norteamericanos ainda apresentam níveis detectáveis de cotinina. Quase 60% das crianças norteamericanas entre 3 e 11 anos de idade — ou quase 22 milhões de crianças — estão expostas à fumaça ambiental do tabaco.
  • Cerca de 30 % das pessoas que trabalham em ambientes fechados nos EUA não são protegidas por políticas de promoção de ambientes livres de fumaça do tabaco.
2. A exposição à fumaça ambiental de tabaco causa doenças e mortes prematuras entre crianças e adultos que não fumam.
Evidências que dão sustentação:
  • A fumaça ambiental do tabaco contém centenas de substâncias químicas conhecidas como tóxicas e carcinogênicas (causadoras de câncer), incluindo o formaldeído (formol), o benzeno, o cloreto de vinil, o arsênico, a amônia, e cianido de hidrogênio.
  • A fumaça ambiental do tabaco foi reconhecida como um carcinógeno humano conhecido (capaz de causar câncer em humanos) pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (U.S. Environmental Protection Agency), pelo Programa Nacional de Toxicologia (National Toxicology Program) e pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (International Agency for Research on Cancer - IARC). O National Institute for Occupational Safety and Health (Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional) concluiu que a fumaça ambiental do tabaco é um carcinógeno ocupacional.
3. Crianças expostas à fumaça ambiental do tabaco estão sob um maior risco pela síndrome da morte súbita infantil, infecções respiratórias agudas, problemas de ouvido, e asma de maior gravidade. O tabagismo dos pais causa sintomas respiratórios e reduz o desenvolvimento do pulmão de seus filhos.
Evidências que dão sustentação:

  • Crianças expostas à fumaça ambiental do tabaco inalam muitas das mesmas substâncias tóxicas e cancerígenas inaladas pelos fumantes. Uma vez que seus corpos estão em desenvolvimento , bebês e crianças pequenas são especialmente vulneráveis aos venenos da fumaça ambiental do tabaco.
  • Tanto os bebês de mães que fumam na gravidez como os bebês que são expostos à fumaça ambiental do tabaco depois do nascimento têm uma maior probabilidade de morrerem da síndrome da morte súbita infantil do que bebês que não são expostos à fumaça de cigarro.
  • Bebês cujas mães fumaram durante a gravidez ou que são expostos à fumaça ambiental de tabaco depois do nascimento têm pulmões mais fracos, o que aumenta o risco de muitos problemas de saúde.
  • A exposição de bebês e crianças à fumaça ambiental de tabaco causa bronquite e pneumonia e aumenta o risco de infecções de ouvido
  • A exposição à fumaça ambiental de tabaco pode levar crianças que já têm asma a terem crises mais freqüentes e mais severas.
4. A exposição de adultos à fumaça ambiental de tabaco tem efeitos adversos imediatos sobre o sistema cardiovascular e causa doença coronariana e câncer de pulmão .
Evidências que dão sustentação:

  • Muitas das substâncias tóxicas e cancerígenas estão em concentração mais elevada na fumaça ambiental do tabaco do que na fumaça inalada pelo fumante.
  • Respirar fumaça ambiental do tabaco, mesmo por um período curto de tempo, pode causar efeitos adversos imediatos sobre o sistema cardiovascular e interferir no funcionamento normal do coração, do sangue e do sistema vascular, de tal forma que aumenta o risco de infarto do coração.
  • Não fumantes expostos à fumaça ambiental de tabaco em casa ou no trabalho tem um risco 25 a 30% maior de vir a ter doença do coração.
  • Não fumantes expostos à fumaça ambiental de tabaco em casa ou no trabalho têm um risco 20 a 30% maior de vir a ter câncer de pulmão.
5. As evidências científicas indicam que não existe nível seguro para a exposição à fumaça ambiental do tabaco.
Evidências que dão sustentação:

  • Pequenas exposições à fumaça ambiental do tabaco pode causar uma maior agregação das plaquetas sanguíneas, dano na camada interna dos vasos sanguíneos, diminuição na velocidade do fluxo coronariano, e reduzir a variabilidade dos batimentos cardíacos, aumentando potencialmente o risco de um ataque cardíaco.
  • A fumaça ambiental do tabaco contém muitas substâncias químicas que podem irritar e lesar de imediato a mucosa das vias aéreas. Mesmo exposições curtas podem causar alterações nas vias aéreas superiores em pessoas saudáveis e a crises de asma com maior freqüência e maior gravidade em crianças que já têm asma.
6.A eliminação do tabagismo em espaços internos protege completamente os não fumantes da fumaça ambiental do tabaco. Separar fumantes de não fumantes, limpeza do ar, e ventilação de prédios não é suficiente para eliminar a exposição de não fumantes à fumaça ambiental de tabaco.
Evidências que dão sustentação:

  • Os sistemas convencionais de limpeza de ar podem remover partículas grandes, mas não removem partículas menores e os gases encontrados na fumaça ambiental do tabaco.
  • As operações de rotina de aquecimento, ventilação, e de sistemas de ar condicionado podem disseminar a fumaça ambiental de tabaco através de um prédio.
  • A Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar condicionado (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers - ASHRAE), o mais importante organismo norteamericano relacionado às questões de ventilação, concluiu que o controle dos riscos para a saúde decorrente da exposição a fumaça ambiental de tabaco não pode ser confiado à tecnologia de ventilação.
O relatório foi escrito por 22 especialistas norteamericanos que foram selecionados como autores principais.
http://www.surgeongeneral.gov/library/secondhandsmoke/factsheets/factsheet6.html

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