Hoje, dia 13/03/2019 recebo no meu celular a informação dos dois jovens que foram à escola e atiraram nos alunos, nos funcionários e em quer que estivesse a sua frente. Fico pensando o que levaria um jovem de 17 anos e outro de 25 a realizarem essa atrocidade. Ontem, postei que havia assistido o filme Baleia Azul e hoje tenho essa informação. O que me vêm a mente é que esses dois garotos não tinham nenhuma perspectiva de futuro. Guilherme T. Monteiro (17) havia sido expulso da escola. Penso que o sistema escolar não é um local de tratamento, mas também, não é um lugar de expulsão, pois voltam nestas condições. Essa situação mostra a precariedade em que os professores estão expostos ao trabalho.
Não estou justificando a ação dos jovens, nem criticando a ação da escola, mas refletindo de que forma podemos trabalhar com os diferentes. A escola tem que ter retaguarda para trabalhar com os jovens problemas. Quais recursos estão disponíveis para a escola?
Pelo que escutei das informações midiáticas, Guilherme tem uma mãe que está em situação de rua e é dependente de crack. Ele estava aos cuidados da avó que faleceu. A escola que estudava o expulsou. Pergunto: Qual a perspectiva tinha o jovem Guilherme? Zizek (2018) afirma que nas explosões das violências chamadas subjetivas, onde se reconhece o agressor e suas vítimas, antes dela o sujeito já vivenciou as violências sistêmicas e simbólicas, onde é difícil identificar o agressor. Portanto, ao eclodir a violência como fez estes jovens, todos ficam estarrecidos e perguntando - como assim, por que isso, fechando os olhos para as violências que vêm assolando os jovens da periferia. Precisamos acolher os jovens, escutá-los e buscar construir um mundo com mais amor para todos nós.
Meus sentimentos aos familiares que perderam filhos, mães, esposas, professores.
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