Fui convidada a participar do encontro sobre prevenção do suicídio. Como foi a última a falar, reiteirei a fala dos anteriores e trouxe a importância da Promoção da Saúde Mental.
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SAÚDE MENTAL E AFASTAMENTO SOCIAL
Estamos em afastamento social. Essa situação pode aumentar aquela depressão que já tinham de base, como também, devido aos fatores estressantes atuais aumentar o sofrimento mental.
Os fatores estressantes são:
Os fatores estressantes são:
- Luto
- Medo da morte
- Medo de ser contaminado pelo COVID-19.
- Perda de emprêgo.
- Incertezas quanto ao futuro.
- Violências famíliares.
- Dificuldade em manter as contas em dia.
Estes são os maiores estressores. Deixo um link da ONU em que António Guterres, gravou um vídeo falando sobre a responsabilidades dos serviços de saúde mental na comunidade.
Link: SAÚDE MENTAL E COVID-19
No próximo post, vamos pensar o que podemos fazer a respeito.
Marcadores:
COVID-19 e saúde mental,
Politicas Públicas de Saúde
12 abril 2020
SAÚDE MENTAL E COVID-19
O COVID-19 tem matado milhares (Mapa do COVID-19), essa situação, leva todos os olhares para ele, desviando o olhar de outras situações. Tais situações, eram manchetes de jornais até recentemente, como por exemplo, o suicídio.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2014), a cada ano no mundo ocorrem cerca de 800.000 mortes por suicídio, o que
representa uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, pesquisa realizada entre (2006 a 2015) mostrou que a taxa de suicídio entre os adolescentes de 10 a 19
nesses anos aumentou 24% em seis de suas grandes cidades: Belo Horizonte, Porto
Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro e no Brasil todo 13% , com a maior taxa na população
masculina (Jaen-Varas et al., 2019).
Os números e a porcentagem em relação ao suicídio, não precisa de mais palavras, para mostrar o problema. Pensando nisso, apresento, o que os jovens apontam como problemas que os levam a pensar em suicídio. Abaixo exponho uma Tabela 01, em que as razões são revelados. Esses razões, foram chamadas de dimensões, dada a abrangência que ocupa na vida dos jovens. Após ler a tabela, algumas questões podem ser pensadas em como promover a saúde mental em tempos de COVID-19.
Dimensão individual: Insegurança,
baixa autoestima; sentimento de perda; desilusão; fatores biológicos
(atribuindo ao período de vida em que vivem); sofrimento mental e tristeza que
advém da falta de serem escutados, da solidão, de sentirem invadidos, do
sentimento de desproteção, do isolamento, da autoagressão e da depressão.
Atribuem que a tristeza e o sofrimento fazem parte da vida dos adolescentes;
entre outros.
Dimensão psicossocial: falta de
oportunidades; rejeições, injustiça relacional (com amigos e pais), injustiça
devido à má distribuição de renda na sociedade, problemas financeiros; consumo
de álcool e drogas; dificuldades em comprar certas mercadorias; falta
de oportunidades; rejeições, injustiça relacional (com amigos e pais),
injustiça devido à má distribuição de renda na sociedade, problemas
financeiros; consumo de álcool e drogas; dificuldades em comprar certas
mercadorias entre outros.
Dimensão simbólica: Suicídio é a
chave para fechar o mundo do sofrimento; morrer representa a passagem da vida
terrena para a vida eterna (concepção cristã); normatização do suicídio.
Em síntese, a vida cotidiana dos jovens é marcada por cobranças, falta de coesão familiar e falta de perspectivas ao futuro.
REFERÊNCIAS.
World Health Organization (WHO). (2014). Preventing suicide. CMAJ. 143(7), 609-10.
Jaen-Varas, D., Mari,J.J.,
Asevedo, E., Borschmann, R., Diniz, E., Ziebold, C., & Gadelha, A. (2019).
The association between adolescent suicide rates and socioeconomic indicators
in Brazil: a 10-year retrospective ecological study. J Psychiatry, 41,389-395. https://doi.org/10.1590/1516-4446-2018-0223
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